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NLMK amplia market share e projeta crescimento de 40% em 2017

Por 25 de janeiro de 2017abril 15th, 2025Acontece, Aplicações, Cases de sucesso
NLMK amplia market share e projeta crescimento de 40% em 2017

Contrariando a tendência do mercado, a NLMK tem apresentado crescimento consistente no Brasil desde o início de suas atividades no final de 2014. Em 2016, a companhia registrou um aumento de 35% em relação às vendas de 2015, e a previsão para 2017 é de um crescimento de 40%, tanto na participação de mercado junto aos clientes existentes quanto na aquisição de novos clientes.

De acordo com Paulo Seabra, diretor geral para América do Sul da empresa, este crescimento somente vem sendo possível devido à estratégia de focar em produtos especiais, com alto valor agregado. “O momento econômico estimula os fabricantes a diferenciar seu produto no mercado, buscando aumentar sua competitividade. Com os aços de alta resistência da NLMK, os clientes podem aumentar a vida útil dos seus produtos, assim como produzi-los mais leves e mais resistentes”, afirma.

Assim, a NLMK tem ampliado de forma gradual o fornecimento de seus aços especiais de qualidade premium – o QUARD que é um aço de alta resistência ao desgaste, utilizado pelos grandes fabricantes de equipamentos para mineração e construção, assim como pelas maiores mineradoras e construtoras do mundo, e o QUEND , um aço estrutural com elevado limite de escoamento, essencial para fabricantes de guindastes e componentes de grande porte que exigem materiais capazes de suportar altas demandas de carga.

O diretor explica que o ano de 2017 iniciou com uma tendência de avanço do protecionismo no campo internacional, se tornando muito difícil para as siderúrgicas. “Nos Estados Unidos, o governo Trump aprovou medidas antidumping para produtos siderúrgicos vindos de muitos países europeus, região que tradicionalmente nunca houve a prática do dumping, visto a seriedade que o negócio do aço é tratado nestes países, tais como Bélgica, Alemanha, França e Itália, por exemplo. Isso mostra que a questão está muito mais na esfera política do que técnica. Já no nosso mercado doméstico brasileiro, persiste a instabilidade política e a crise econômica ainda não apresentou sinais de que uma recuperação vigorosa está por vir. E, somente uma recuperação vigorosa poderá reduzir o grau de ociosidade das indústrias e consequentemente diminuir a ociosidade das siderúrgicas nacionais. As estatísticas mostram que no Brasil o consumo de aço este ano será equivalente ao de 2006, quanto houve um consumo de aproximadamente 18,8 milhões de toneladas”.

NLMK amplia market share e projeta crescimento de 40% em 2017

De acordo com Seabra, a decisão de entrar no Brasil já estava tomada mesmo antes da crise se estabelecer, sendo que a efetivação do investimento na abertura de uma operação própria coincidiu com o momento em que a crise se estabelecia. “Entretanto, sendo nosso plano de negócios de longo prazo, a crise apenas nos fez tomar as devidas ações para ajustar a operação ao atual cenário, pois no longo prazo o Brasil ainda é visto como uma economia viável na qual a NLMK quer estar presente, tanto por tamanho, por estar entre as 10 maiores economias do mundo, além do crescente interesse do país em aços especiais, que é a nossa grande expertise. Sendo assim, nosso startup no Brasil não foi uma aposta, mas sim uma decisão acertada e planejada”.

Para superar os desafios econômicos que estão vivendo no Brasil, e também em outros mercados mundiais, o grupo vem sistematicamente, ao longo dos últimos anos, focando e ampliando o mix de produtos de aços com alto valor agregado, os quais já correspondem por mais de 50% do faturamento anual de aproximadamente 16 milhões de toneladas. “Muitas siderúrgicas no mundo, incluindo as brasileiras, persistem com grande foco no aço comercial, de menor valor agregado, o que impacta pouco na nossa operação, razão pela qual a NLMK se posiciona globalmente entre as usinas siderúrgicas com maior índice de capacidade utilizada (superior a 96%) e com maior lucratividade. Outro fator que amplia nossa competitividade é o elevado índice de verticalização que temos pelo fato de possuirmos 100% de autossuficiência em minério de ferro e carvão, gerando aproximadamente 60% da energia que consumimos, além de temos quatro portos próprios para escoar nossa produção”.

Para a NLMK, 2017 continua sendo um ano desafiador, refletindo o contexto de 2016. “Uma recuperação econômica só ocorrerá com uma agenda positiva clara do governo, que fortaleça a confiança e estimule a geração de empregos. Questões geopolíticas também podem influenciar significativamente nossa economia. Estamos focados em expandir nossa presença na América do Sul, principalmente na costa do pacífico e no norte do Brasil”.